Minhas meninas
Um desses dias você irá gritar: “ Por que vocês não crescem e tomam jeito?” E seus filhos farão isso. Ou dirá: “Vão para fora e achem alguma coisa para fazer... e não batam a porta quand0 saírem”. E eles farão isso.
Você arrumará o quarto dos meninos...a colcha lisa, os brinquedos nas prateleiras. E dirá em voz alta: “Quero que tudo fique sempre assim”. E vai ficar.
Você vai preparar um bolo que não terá marcas de dedos na cobertura, dizendo: “Esse é para as visitas”. E comerá sozinha.
Você dirá: “Quero sossego quando estiver ao telefone. Nada de barulho, silêncio! Ouviram? E você o terá.
Não mais haverá toalhas sujas de macarrão, nem plástico sobre o sofá para evitar marcas de sujeira. Não mais portinholas no topo da escada a fim de evitar quedas, nem noites anciosas por causa de um resfriado.
Imagine um batom com ponta. Lavagem de roupa uma só vez por semana.
Não mais reuniões de pais e mestres. Não mais acordos para levar as crianças à escola.
Ninguém para deixar o rádio ligado até o último volume.
Pense sobre isso. Não mais beijos molhados, misturados com mingau de aveia.
Não mais risadinhas no escuro, não mais joelhos para serem curados.
Não mais responsabilidade.
Somente uma voz gritando: “Porque você não cresce? E o silêncio respondendo: CRESCI!”
Erma Bombeck
Quando li este texto chorei até!!! E toda vez que releio, fico com um nó na garganta, talvez seja porque sempre gostei de observar essas molecagens das minhas meninas, que já estão ficando moças, sempre curti muito tudo isso!
Não vou mentir: já tive momentos de stress e fiquei furiosa quando a bagunça passava dos limites, do meu pelo menos!!!
Mas agradeço aos deuses e ao universo por ainda ter minhas meninas, aqui em casa aprontando as vezes, mas nada que uma boa conversa não resolva!!!
Silvia um trecho de um conto que escrevi há mais ou menos cinco anos atrás, quando um dos meus três filhos foi morar sozinho... São três; dois garotões e uma mocinha – Todos formados e agora vivendo cada um em sua casa.
ResponderExcluir....
Sentaria na grama ou na areia com os meus filhos sem me importar com as manchas na roupa. Iria rir e chorar menos assistindo à TV e mais observando a vida.
Aproveitaria à hora das refeições para conversar sobre os acontecimentos do dia, em vez de comer correndo, lavar a louça correndo..
Em vez de me chatear com os nove meses de gravidez, iria gozar cada momento e atentar para a maravilha de um ser crescendo dentro de mim; - minha única chance na vida de assistir a Deus fazendo um milagre.
E quando meus filhos viessem me beijar intempestivamente, nunca mais diria: “Depois! Agora vai lavar as mãos para o jantar".
Deveria ter ido mais vezes à cama delas ao anoitecer para ouvir suas almas respirando, conversar, ler para eles ou confidenciar-lhes algo sobre a vida.
Não, não as levei suficientes vezes ao cinema, não lhes dei hambúrgueres e refrigerantes o bastante, nas lhes comprei os sorvetes e roupas e a atenção merecida.
Eles cresceram sem que se esgotasse em mim todo o meu afeto. Procuraria dar a conhecer Deus mais intimamente.
Não somos pessoas completas se insistirmos unicamente no nosso lado físico, social, financeiro e intelectual - Nós somos seres espirituais! Se o mundo é conhecer Deus e sua vontade, então qualquer pai ou mãe deveria ser o primeiro a transmitir isso. Não tenho a mínima idéia de onde estava enquanto minha vida ia passando.
Lembro-me que minha filha caçula (Ana Maria) costumava ter medo de chuva, numa noite, cheia de medo dos trovões, chamou: “Vem aqui mamãe estou morrendo de medo” Minha filha respondi; - Deus vai cuidar de você e te ama muito, ou disse algo parecido, mas a resposta eu gravei:
“Eu sei que Deus me ama” respondeu de pronto; “mas o que eu quero agora é alguém de carne e osso”.
Fiquei refletindo por muito tempo àquelas palavras, na mensagem contida. E a prova disso é que nunca mais me esqueci.
Hoje se eu pudesse começar tudo de novo, era isso que eu queria ser acima de tudo:
O amor de Deus, mas em carne e osso.
Haveria mais eu te amos, mais sinto muitos... Mas especialmente se tivesse outra oportunidade de viver, eu iria agarrar a cada minuto, observá-los atentamente e percebê-los de verdade...
Vivê-los e jamais deixá-los ir assim, sem mais.
Obrigada pela sua visita, estou adorando conhecer seu blog
Bjk e apareça sempre!
Yvone
Oi Yvone,
ResponderExcluirQue bom que gostou!
Sabe, eu ainda tenho minhas meninas aqui comigo e sempre que tive um momento de lucidez e que lembrei de viver o momento percebi que o mais importante de tudo era justamente isso que você descreveu em seu poema,mas ainda há tempo para aproveitar tudo isso, mesmo que eles já estejam crescidos, porque o amor de mãe e as chatices sempre continuam: minhas filhas tiram um "saro" (isso ainda se fala?) da minha cara: "já sei, cuidado com o espinho do peixe...coloca a blusa...olha o cabelo molhado...não pisa no chão...!!!
Mas enfim eu sou chata, mas eu amo minhas meninas!!!
Bjs
Estou vivendo esse momento agora, minhas filhas cresceram, a mais velha se casou há um mês, e a mais nova, namora e também não para em casa, As vezes estão presente, mas nada é como antes. O silêncio da casa me incomoda.Elas tiveram um ótima infância, brincaram, passearam, tiveram a minha presença em tempo integral, porque parei de trabalhar para cuidar delas, talvez por eu estar sempre presente, nunca souberam o que é sentir a falta de uma mãe, e por esse motivo talvez, não valorizem hoje estar mais perto de mim como eu gostaria. Mas são ótimas filhas, só quero que sejam felizes.
ResponderExcluirOi amiga(o), como já faz tempo que postei esta mensagem, agora eu também estou sem minhas menina por perto! Estou sentindo muito também! E assim o poema se concretizou! Mas estou me dedicando ao meu trabalho e a mim mesma, para não sentir o vazio da falta! Eu também torço muito para que sejam felizes na busca e descoberta de suas vidas!
ExcluirUm beijo pra você e até!